27/08/2025
Entenda as dermatofitoses
Infecções fúngicas que afetam animais e humanos
A dermatofitose é uma dermatopatia caracterizada por uma infecção superficial da pele. Comumente acomete cães, gatos e outros animais domésticos, mas também pode contaminar humanos.
Dermatofitoses são causadas por três gêneros de fungos:
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• Microsporum canis.
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• Trichophyton ssp.
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• Nannizia ssp.
Transmissão da dermatofitose
A exposição ao agente não garante a infecção, pois o sistema imunológico do hospedeiro pode eliminar o fungo, mas a contaminação da dermatofitose pode ocorrer por contato com:
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• humanos;
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• animais;
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• solo;
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• fômites contaminados.
Transmissão para humanos
As dermatofitoses representam um risco real para humanos, principalmente:
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• crianças;
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• idosos;
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• pessoas imunossuprimidas;
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• profissionais que manipulam animais, como veterinários e tratadores.
O contato direto com a pele lesionada ou com objetos contaminados pode resultar em infecção cutânea, geralmente caracterizada por placas vermelhas e descamativas com coceira intensa.
Sinais clínicos da infecção por dermatofitose
Os sintomas que mais chamam atenção nas dermatofitoses são:
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• lesões circulares com queda de pelos;
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• prurido;
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• crostas.
Além da pele, pelos e unhas também podem ser afetados.
Como diagnosticar a dermatofitose?
O diagnóstico laboratorial envolve:
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• exame micológico direto;
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• cultura fúngica e antifungigrama;
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• PCR para identificação do agente.
Por que o diagnóstico precoce da dermatofitose é tão importante?
Além de ajudar na recuperação rápida do animal, o diagnóstico precoce:
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• evita o uso de medicamentos inadequados;
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• reduz o risco de disseminação para outros animais e humanos;
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• permite medidas de biossegurança eficazes em clínicas e lares com múltiplos animais.
Tratamento contra dermatofitoses
O tratamento das dermatofitoses em cães e gatos é obrigatoriamente orientado pelo médico veterinário e envolve algumas medidas principais:
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Tratamento tópico
• Uso de shampoos, pomadas ou sprays antifúngicos aplicados diretamente nas lesões.
• Substâncias como miconazol, clorhexidina e enilconazol são bastante utilizadas.
• Banhos medicamentosos ajudam a reduzir a carga fúngica e a contagiosidade.
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Tratamento sistêmico
• Em casos mais extensos ou persistentes, é necessário administrar antifúngicos por via oral.
• Os medicamentos mais usados são itraconazol, griseofulvina e terbinafina.
• O tratamento costuma durar 4 a 8 semanas, podendo ser mais longo dependendo da resposta clínica e dos exames de acompanhamento.
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Controle ambiental e de fômites
• Limpeza rigorosa de ambientes, utensílios, roupas e objetos de uso do animal com desinfetantes adequados.
• Aspirar e descartar pelos contaminados.
• Desinfetar casinhas, camas e superfícies com produtos fungicidas.
O tratamento deve sempre ser acompanhado por exames de cultura fúngica ou raspados de pele, para confirmar a cura e evitar recaídas.
Prevenção contra a dermatofitose
Além de prejudicar o bem-estar dos pets, as dermatofitoses representam riscos significativos à saúde pública, requerendo os seguintes cuidados:
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• isolar o animal infectado durante o tratamento;
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• higienizar ambientes, acessórios e objetos que entram em contato com o pet;
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• lavar bem as mãos após o contato com lesões;
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• usar luvas e EPIs ao tratar animais suspeitos, especialmente em ambiente clínico.
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