26/09/2022
A leishmaniose compreende um grupo de manifestações clínico-patológicas ocasionadas pela invasão de protozoários do gênero Leishmania no sistema fagocitário de mamíferos. A doença é de caráter zoonótico e é amplamente distribuída no globo terrestre, sendo mais prevalente em países em desenvolvimento. Ela pode ser divida em leishmaniose tegumentar ou cutânea (que afeta principalmente pele e mucosas) e visceral, (que sobrecarrega órgãos internos). Dentre essas duas, o segundo tipo de leishmaniose se destaca por se tratar de uma doença com sintomas mais graves e fatal em casos não tratados. Transmitida primariamente por vetores do mosquito do gênero Lutzomyia, a doença era majoritariamente presente em áreas rurais, porém, com o avanço da urbanização, houve uma transição epidemiológica para as áreas urbanas. O principal reservatório desta doença é o cão, grande companheiro do ser humano. Quando infectado, o cão apresenta sintomas como: apatia, febre, lesões oculares e no focinho, feridas na pele e orelha, descamação da pele e crescimento exagerado das unhas. De fato, a leishmaniose é um problema sério e de impacto forte na saúde animal e pública. No cenário brasileiro, por exemplo, o primeiro caso de leishmaniose visceral foi descrito em 1913, e, atualmente, 90% dos casos registrados na América Latina, são oriundos de terras brasileiras. A leishmaniose canina não tem tratamento definitivo, portanto, a realização de exames periódicos, o controle de vetores e a vacinação são de extrema importância para a manutenção da saúde e bem estar da sociedade como um todo.